"Na vida cristã, se você quiser permanecer em pé, você precisa viver de joelhos"
Saule Luiz Pinheiro Goedert

Introdução às cinco linguagens do amor

As cinco linguagens do amor - Parte II

As cinco linguagens do amor - Parte III

As cinco linguagens do amor - Parte IV e V

Deus sempre está interessado na restauração do seu povo

Despedida do João Costa

Participação no Louvor no Congresso de Adolescentes na Congregação Vale da Bênção em Jonville - SC

Textos por Pb. Saule Luiz Pinheiro Goedert

23 de abr. de 2012

GALHOS SECOS - JÓ 14

Sabe-se que o piedoso homem chamado Jó, encontrava-se em um terrível dilema entre a tradição e a consciência. Havia um clamor que surgia das suas entranhas que rogava pela misericórdia de Deus, para que Ele considerasse a brevidade e a miséria da vida humana.
Diante do sofrimento que lhe era imposto, pelas circunstâncias em que se encontrava, Jó mostrava-se desgostoso da vida e cônscio de que os anos do homem eram reduzidos sobre a face da terra. Mesmo assim, ele transmitia o desejo impulsivo da antecipação de sua descida para a sepultura, na esperança de permanecer escondido da presença de Deus, até que a sua ira fosse aplacada.
Tradicionalmente, na época e inclusive nos dias atuais, prevalecia a ideologia de que todo o mal que sobrevinha ao homem, era apenas resultado de suas práticas pecaminosas. Assim sendo, Jó encontrava-se em conflito, pois sua consciência não lhe acusava diante daquele cenário, muito pelo contrário, sua indignação que provinha da crença na “lei da semeadura”, era tão acentuada, que ele desejava a morte ao permanecer naquela situação.
Considerando esta crise sapiencial, onde não encontrava-se uma explicação convincente para o sofrimento do justo, Jó observou um ícone da criação divina, e utilizou-o como amparo para sua permanente auto-comiseração. Olhando para “os galhos secos de uma árvore qualquer”, ele considerou várias hipóteses que poderiam levar aquela árvore a secar-se. Mesmo cortada, envelhecidas as suas raízes ou morrendo o seu tronco no pó, ainda restava esperança para ela, pois apenas ao cheiro das águas os seus brotos e as suas folhas se renovavam.
Jó equiparou sua vida, julgando-se inferior e de menos importância que uma árvore. Supôs que o cuidado e o amparo que Deus reserva para uma planta era superior ao zelo pela vida do homem. Se de um lado ele tinha um ser, indubitavelmente criado pelas mãos de Deus e entregue a mercê do desespero e da inquietação, do outro lado, encontrava-se um vegetal revestido de folhas que é utilizado para subsistência humana, mas que ao constatar-se a sua queda, seu fracasso, sua sequidão resultante do corte de seu tronco, a manifestação suave do cheiro das águas ou da brisa e do orvalho, eram suficientes para tornar a traze-lo a vida. Contudo o homem que uma vez descesse a sepultura, subentendia-se que a sua esperança descia juntamente com ele, até que a voz de Deus voltasse a lhe chamar pelo nome então se levantaria e estaria novamente na presença do Senhor.

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